CDBs pagaram até 15,95% em janeiro; quais títulos bancários escolher para fevereiro?
Taxas médias dos papéis da renda fixa bancária ficaram próximas do nível praticado no Tesouro Direto The post CDBs pagaram até 15,95% em janeiro; quais títulos bancários escolher para fevereiro? appeared first on InfoMoney.
Quem investiu em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) em janeiro encontrou taxas médias próximas a 100% do CDI nos pós-fixados e 14,9% nos papéis prefixados. As taxas máximas chegaram a 120%, ou 15,95% ao ano, dependendo do vencimento. Em muitos casos, os prêmios foram menores do que os oferecidos por títulos públicos, mas ainda foi possível fazer bons negócios e há perspectivas de mais oportunidades na classe em fevereiro.
Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital, diz que os investidores enfrentaram um cenário de prêmios reduzidos em comparação aos títulos públicos”. Mas, para ele, “isto não significa que tenham feito um mau negócio”.
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Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que, em janeiro, os CDBs atrelados ao CDI pagaram, em média, 101,06% da taxa de referência nos vencimentos em 36 meses. Conforme o emissor, foi possível encontrar papéis de até 103,50% do CDI.
Veja as taxas dos CDBs pós-fixados em janeiro: Retornos de CDBs indexados ao CDI (04/jan a 03/fev) Prazo (meses) Taxa mínima (% CDI) Taxa média (% CDI) Taxa máxima (% CDI) Número de títulos Emissor da maior taxa 3 83,00% 98,21% 104,50% 69 Banco Mercantil do Brasil 6 96,58% 100,17% 105,00% 27 Banco BMG / Banco Mercantil do Brasil 12 90,00% 99,72% 109,00% 71 Banco Fator / Banco Mercantil do Brasil 24 95,00% 99,46% 120,00% 74 Banco Master de Investimento 36 90,00% 101,06% 103,50% 48 Banco Santander Brasil
Os pós-fixados são os preferidos dos especialistas nesse momento, já que o cenário macroeconômico está conturbado e ainda há incertezas sobre o rumo da política monetária.
Rafael Bellas, coordenador de Produtos da InvestSmart, diz que esses papéis “seguem atrativos, desde que sejam de prazos mais curtos, aproveitando os juros elevados sem se expor a incertezas para prazos longos’.
Para fazer um bom negócio, Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, recomenda buscar CDBs que pagam acima do CDI, com 106% como referência de retorno atrativo.
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Nos prefixados, que somaram 230 emissões em janeiro, a recomendação de Patzlaff é alongar os prazos para buscar taxas mais competitivas. A estratégia deve ser adotada por quem espera condições de mercado melhores no futuro. Nesse caso, travar a rentabilidade em um patamar considerado faria sentido, mas se as condições piorarem, a rentabilidade dos prefixados pode subir ainda mais, aumentando o custo de oportunidade desse investimento.
Confira as taxas praticadas nos CDBs prefixados em janeiro: Retornos de CDBs prefixados (04/jan a 03/fev) Prazo (meses) Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa 6 13,39% 13,76% 14,44% 56 Banco Daycoval 12 14,17% 14,73% 15,60% 74 Sinosserra Financeira 24 12,00% 14,92% 15,47% 55 Haitong Brasil 36 14,48% 14,96% 15,95% 45 C6 Consignado
Já os títulos atrelados à inflação tiveram apenas 137 emissões ao longo do último mês, com taxa média de 7,59% além do IPCA nos prazos mais longos e todas as maiores rentabilidades oferecidas pelo Haitong Brasil.
Confira as taxas dos CDBs atrelados à inflação em janeiro: Retornos de CDBs indexados à inflação (04/jan a 03/fev) Prazo (meses) Taxa mínima (IPCA +) Taxa média (IPCA +) Taxa máxima (IPCA +) Número de títulos Emissor da maior taxa 12 6,50% 7,47% 7,86% 25 Haitong Brasil 24 6,91% 7,37% 7,90% 37 Haitong Brasil 36 5,95% 7,59% 8,07% 75 Haitong Brasil
Para Casagrande, o princípio dos títulos híbridos é o mesmo com relação aos prefixados: “podem ser interessantes para investidores com uma visão mais clara sobre o futuro dos juros e da inflação”.
O que esperar em fevereiro?
O sócio da GT Capital segue esperando mais um mês com taxas amassadas na comparação com o Tesouro Direto. Ele argumenta que o mercado já precifica alta adicional de um ponto percentual na Selic, o que deve gerar uma “postura cautelosa” nos bancos na emissão de dívida. “Essa cautela reflete a expectativa de um ambiente de juros mais altos por mais algum tempo, o que mantém as taxas mais elevadas, mas sem grandes diferenciais em relação ao Tesouro”, diz Casagrande.
Mas as oportunidades seguirão aparecendo, segundo Patzlaff. Por isto, “é fundamental fazer uma boa avaliação de crédito do emissor do título” e ficar dentro do limite da garantia do FGC – R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira, com teto de R$ 1 milhão no total para investimentos pulverizados entre vários emissores.
Bellas, da InvestSmart conclui que os pós-fixados seguem como boas opções para o curto prazo e títulos de inflação e prefixados podem ser interessantes para alocações de longo prazo, mas “o cenário exige atenção, pois qualquer mudança no ambiente econômico ou na política monetária pode impactar as taxas futuras e a dinâmica desses investimentos”.
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