Anvisa alerta para risco de mistura caseira de produto de limpeza
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre os riscos para a saúde de misturas caseiras com produtos de limpeza. É o caso da junção do álcool com a água sanitária, que resulta em um gás com alto poder de intoxicação, o clorofórmio gasoso. Entretanto, se forem usados separadamente, são seguros. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp 8 misturas de produtos de limpeza perigosas para saúde O que a ciência diz sobre o impacto de uma casa bagunçada na saúde Na contramão do alerta da Anvisa, as receitas de misturas caseiras infalíveis para produtos de limpeza costumam viralizar. Em muitos casos, prometem remover aquela mancha mais difícil ou ainda desencardir de forma muito rápida, por um preço muito baixo. O problema é que isso pode ter um desfecho muito nocivo. Alerta da Anvisa para mistura de produtos de limpeza "O que esses vídeos não dizem é que essas misturas [não testadas com segurança, antes da liberação do produto para chegar ao mercado] podem ter um grande impacto na saúde das pessoas e dos animais, com riscos de internações e morte", afirma a nota da Anvisa. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Por isso, "é fundamental que todos tenham em mente que a manipulação de produtos de limpeza deve ser feita de acordo com as orientações estritas do fabricante, descritas no rótulo dos produtos", destaca o alerta da Anvisa sobre o risco de "misturinhas" caseiras. Intoxicação e problemas de saúde Recentemente, o Conselho Federal de Química (CFQ) também se posicionou de forma contrária à prática de misturar produtos de limpeza ou mesmo de higiene pessoal para supostamente turbinar o efeito. Para o usuário, não há nenhuma garantia de que a nova composição seja segura, como comprovam dois acidentes recentes de intoxicação. Mistura caseira de produto de limpeza pode causar intoxicação e até hospitalização, como aponta alerta da Anvisa (Imagem: Stephen Andrews/Unsplash) O primeiro episódio foi registrado em Itapetininga, no interior de São Paulo. Na ocasião, uma jovem foi hospitalizada após misturar produtos com ácido clorídrico e hipoclorito de sódio, enquanto queria facilitar a limpeza do banheiro. A reação química gerada liberou um gás tóxico. Quando inalado, o gás causou arritmia, baixa oxigenação, dificuldade para respirar e confusão mental, o que levou a paciente a ser internada. Outro episódio aconteceu na cidade de Chapecó, Santa Catarina. Cerca de 15 moradores de um prédio sofreram intoxicação, durante o processo de dedetização. Por causa de um dos compostos, as pessoas apresentaram dificuldades respiratórias, tontura e ardência nos olhos e nas vias aéreas. Algumas foram hospitalizadas. Diante desses casos (que não são raros e nem isolados), o CFQ alerta para o risco dessas misturas. Antes de qualquer produto de limpeza chegar ao mercado, "um profissional é habilitado para testar e pesquisar a combinação de substâncias químicas diferentes, e o risco é controlado”, lembra o conselheiro federal Ubiracir Lima, em nota enviada ao Canaltech. No caso das misturas caseiras, nada foi testado antes. Produtos de limpeza sem marca? O risco de problemas envolvendo a saúde aumenta ainda mais quando são usados produtos clandestinos, ou seja, aqueles vendidos de forma irregular, sem licença da Anvisa e sem nenhuma marca associada. Normalmente, são encontrados em garrafa PET e não apresentam nem mesmo rótulo. De modo bastante didático, ninguém sabe exatamente a composição (é o mesmo com "remédios" milagrosos da internet para perda de peso) e nem há certezas sobre a segurança do composto para pessoas e animais. O que fazer em caso de emergência? Se alguém for vítima de intoxicação por causa de produtos de limpeza e de misturas irregulares, tanto a população quanto os profissionais de saúde podem ligar para o serviço do Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa, através do número 0800-722-6001. O canal para emergências consegue conectar os usuários a uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Por lá, é possível saber mais sobre os primeiros socorros e o tratamento adequado, que varia de acordo com a substância química. Leia mais: Como o sabão mata vírus e bactérias? Como limpar um fone de ouvido sem causar danos Como fazer a limpeza de robô aspirador? VÍDEO: aprenda como limpar eletrônicos corretamente com álcool isopropílico, limpa telas e pano de microfibra Leia a matéria no Canaltech.
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre os riscos para a saúde de misturas caseiras com produtos de limpeza. É o caso da junção do álcool com a água sanitária, que resulta em um gás com alto poder de intoxicação, o clorofórmio gasoso. Entretanto, se forem usados separadamente, são seguros.
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- O que a ciência diz sobre o impacto de uma casa bagunçada na saúde
Na contramão do alerta da Anvisa, as receitas de misturas caseiras infalíveis para produtos de limpeza costumam viralizar. Em muitos casos, prometem remover aquela mancha mais difícil ou ainda desencardir de forma muito rápida, por um preço muito baixo. O problema é que isso pode ter um desfecho muito nocivo.
Alerta da Anvisa para mistura de produtos de limpeza
"O que esses vídeos não dizem é que essas misturas [não testadas com segurança, antes da liberação do produto para chegar ao mercado] podem ter um grande impacto na saúde das pessoas e dos animais, com riscos de internações e morte", afirma a nota da Anvisa.
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Por isso, "é fundamental que todos tenham em mente que a manipulação de produtos de limpeza deve ser feita de acordo com as orientações estritas do fabricante, descritas no rótulo dos produtos", destaca o alerta da Anvisa sobre o risco de "misturinhas" caseiras.
Intoxicação e problemas de saúde
Recentemente, o Conselho Federal de Química (CFQ) também se posicionou de forma contrária à prática de misturar produtos de limpeza ou mesmo de higiene pessoal para supostamente turbinar o efeito. Para o usuário, não há nenhuma garantia de que a nova composição seja segura, como comprovam dois acidentes recentes de intoxicação. 
O primeiro episódio foi registrado em Itapetininga, no interior de São Paulo. Na ocasião, uma jovem foi hospitalizada após misturar produtos com ácido clorídrico e hipoclorito de sódio, enquanto queria facilitar a limpeza do banheiro. A reação química gerada liberou um gás tóxico. Quando inalado, o gás causou arritmia, baixa oxigenação, dificuldade para respirar e confusão mental, o que levou a paciente a ser internada.
Outro episódio aconteceu na cidade de Chapecó, Santa Catarina. Cerca de 15 moradores de um prédio sofreram intoxicação, durante o processo de dedetização. Por causa de um dos compostos, as pessoas apresentaram dificuldades respiratórias, tontura e ardência nos olhos e nas vias aéreas. Algumas foram hospitalizadas.
Diante desses casos (que não são raros e nem isolados), o CFQ alerta para o risco dessas misturas. Antes de qualquer produto de limpeza chegar ao mercado, "um profissional é habilitado para testar e pesquisar a combinação de substâncias químicas diferentes, e o risco é controlado”, lembra o conselheiro federal Ubiracir Lima, em nota enviada ao Canaltech. No caso das misturas caseiras, nada foi testado antes.
Produtos de limpeza sem marca?
O risco de problemas envolvendo a saúde aumenta ainda mais quando são usados produtos clandestinos, ou seja, aqueles vendidos de forma irregular, sem licença da Anvisa e sem nenhuma marca associada. Normalmente, são encontrados em garrafa PET e não apresentam nem mesmo rótulo. De modo bastante didático, ninguém sabe exatamente a composição (é o mesmo com "remédios" milagrosos da internet para perda de peso) e nem há certezas sobre a segurança do composto para pessoas e animais.
O que fazer em caso de emergência?
Se alguém for vítima de intoxicação por causa de produtos de limpeza e de misturas irregulares, tanto a população quanto os profissionais de saúde podem ligar para o serviço do Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa, através do número 0800-722-6001.
O canal para emergências consegue conectar os usuários a uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). Por lá, é possível saber mais sobre os primeiros socorros e o tratamento adequado, que varia de acordo com a substância química.
Leia mais:
- Como o sabão mata vírus e bactérias?
- Como limpar um fone de ouvido sem causar danos
- Como fazer a limpeza de robô aspirador?
VÍDEO: aprenda como limpar eletrônicos corretamente com álcool isopropílico, limpa telas e pano de microfibra
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