Com apoio do PL, PT e outros 16 partidos, Hugo Motta é eleito presidente da Câmara
Deputado paraibano derrotou Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Parlamentar mais jovem a assumir a função, Motta presidirá a Casa até 2027. Hugo Motta deve assumir presidência da Câmara no lugar de Arthur Lira em 2025 Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1º) presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2027. Ele é o mais jovem a ocupar o posto na história da Casa, com 35 anos. Motta obteve 444 votos, a segunda maior votação para um presidente da Câmara. A primeira foi a do seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), com 464 votos em 2023. Dos 513 deputados, 499 votaram. Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) teve 22 votos. Além de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara tem, entre outras prerrogativas, a de abrir, ou não, um processo de impeachment para afastar o presidente da República. Eleição na Câmara e no Senado: Nilson Klava analisa o que pode mudar na relação entre o governo e o Congresso Antes de ser eleito, Motta, um dos expoentes do Centrão, fez um discurso no qual deu o tom de seu mandato: a defesa da Câmara. Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. Juntos, vamos fortalecer institucionalmente a Câmara, manter a sua autonomia e independência em relação aos demais Poderes. É salutar compreendermos que uma boa gestão de país se faz com respeito, pressuposto da harmonia", afirmou. O deputado também enfatizou que a imunidade parlamentar deve ser garantida e respeitada, argumentando que essa prerrogativa é essencial para a atuação dos congressistas. "Queremos uma Câmara forte, com a garantia de nossas prerrogativas e em defesa de nossa imunidade parlamentar", disse. Saiba quem são os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre Apoio da esquerda, do centro e da direita Motta foi eleito com o apoio de quase todos os partidos com representantes na Casa, as exceções são PSOL e Novo, que lançaram candidatos próprios. Com um arco de apoio de 18 partidos, que foi do PL ao PT, o deputado se comprometeu a distribuir cargos, assegurou a governistas que não será um adversário da gestão Lula e fez acenos a avanços de pautas defendidas pela oposição. Além disso, prometeu dar maior previsibilidade à agenda de votações e defender prerrogativas de deputados e o fortalecimento da Câmara. O paraibano foi escolhido pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como candidato a sua sucessão. Trajetória Novos presidentes da Câmara e do Senado serão eleitos Motta está em seu quarto mandato como deputado federal. Chegou à Câmara em 2011 pelo PMDB. Em 2018 mudou para o PRB, que alterou o nome para Republicanos em 2019. Na Câmara, Motta tem um perfil discreto, mas de muita articulação nos bastidores. Ele atua alinhado ao setor financeiro, ao agronegócio e tem bom diálogo com a bancada evangélica. Se tornou líder do Republicanos em fevereiro de 2021 e ficou na posição até fevereiro do ano seguinte e assumiu a cadeira novamente em janeiro de 2023. Também foi líder do bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos de novembro de 2023 a abril de 2024. Na atual legislatura, Motta foi suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), titular da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e suplente da CPI que investigou fraudes nas Americanas.
Deputado paraibano derrotou Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Parlamentar mais jovem a assumir a função, Motta presidirá a Casa até 2027. Hugo Motta deve assumir presidência da Câmara no lugar de Arthur Lira em 2025 Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1º) presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2027. Ele é o mais jovem a ocupar o posto na história da Casa, com 35 anos. Motta obteve 444 votos, a segunda maior votação para um presidente da Câmara. A primeira foi a do seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), com 464 votos em 2023. Dos 513 deputados, 499 votaram. Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) teve 22 votos. Além de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara tem, entre outras prerrogativas, a de abrir, ou não, um processo de impeachment para afastar o presidente da República. Eleição na Câmara e no Senado: Nilson Klava analisa o que pode mudar na relação entre o governo e o Congresso Antes de ser eleito, Motta, um dos expoentes do Centrão, fez um discurso no qual deu o tom de seu mandato: a defesa da Câmara. Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. Juntos, vamos fortalecer institucionalmente a Câmara, manter a sua autonomia e independência em relação aos demais Poderes. É salutar compreendermos que uma boa gestão de país se faz com respeito, pressuposto da harmonia", afirmou. O deputado também enfatizou que a imunidade parlamentar deve ser garantida e respeitada, argumentando que essa prerrogativa é essencial para a atuação dos congressistas. "Queremos uma Câmara forte, com a garantia de nossas prerrogativas e em defesa de nossa imunidade parlamentar", disse. Saiba quem são os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre Apoio da esquerda, do centro e da direita Motta foi eleito com o apoio de quase todos os partidos com representantes na Casa, as exceções são PSOL e Novo, que lançaram candidatos próprios. Com um arco de apoio de 18 partidos, que foi do PL ao PT, o deputado se comprometeu a distribuir cargos, assegurou a governistas que não será um adversário da gestão Lula e fez acenos a avanços de pautas defendidas pela oposição. Além disso, prometeu dar maior previsibilidade à agenda de votações e defender prerrogativas de deputados e o fortalecimento da Câmara. O paraibano foi escolhido pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como candidato a sua sucessão. Trajetória Novos presidentes da Câmara e do Senado serão eleitos Motta está em seu quarto mandato como deputado federal. Chegou à Câmara em 2011 pelo PMDB. Em 2018 mudou para o PRB, que alterou o nome para Republicanos em 2019. Na Câmara, Motta tem um perfil discreto, mas de muita articulação nos bastidores. Ele atua alinhado ao setor financeiro, ao agronegócio e tem bom diálogo com a bancada evangélica. Se tornou líder do Republicanos em fevereiro de 2021 e ficou na posição até fevereiro do ano seguinte e assumiu a cadeira novamente em janeiro de 2023. Também foi líder do bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos de novembro de 2023 a abril de 2024. Na atual legislatura, Motta foi suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), titular da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e suplente da CPI que investigou fraudes nas Americanas.