EUA concedem isenção para permitir ajuda à missão no Haiti

Medida se dá depois de Donald Trump anunciar o congelamento da ajuda financeira ao Haiti

Fev 6, 2025 - 11:11
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EUA concedem isenção para permitir ajuda à missão no Haiti

Depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciar o congelamento de mais de US$ 13 milhões em financiamento para o combate às gangues armadas no Haiti, o governo norte-americano concedeu uma isenção à medida para permitir a assistência à missão internacional no país.

“Os Estados Unidos não suspenderam toda a ajuda à Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA na 4ª feira (5.fev.2025). No mesmo dia, Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana, desembarcou na República Dominicana para discutir a crise migratória haitiana. As informações são da agência AFP (Agence France-Presse).

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Em sua 1ª viagem pela América Latina, Marco Rubio autorizou US$ 40,7 milhões em assistência para a Polícia Nacional do Haiti, bem como para a missão multinacional, segundo o porta-voz.

O porta-voz disse que os EUA entregaram, na 3ª feira (4.fev), equipamentos blindados pesados para a força de segurança liderada pelo Quênia e para a polícia haitiana. Durante o governo de Joe Biden (Partido Democrata), os EUA enviaram apoio financeiro e logístico para estabilizar o Haiti, onde gangues armadas controlam parte da capital, Porto Príncipe.

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o ministro das Relações Exteriores do Haiti, Jean-Victor Harvel Jean-Baptiste, disse que o país enfrenta “grandes dificuldades” que ameaçam tanto a população quanto “a própria sobrevivência do Estado”. 

Em janeiro, António Guterres, secretário-geral da ONU, advertiu que Porto Príncipe poderia ser tomada por gangues armadas, caso a comunidade internacional não aumentasse a ajuda ao país.

Atualmente, o Haiti não possui Parlamento nem presidente, sendo governado por um organismo de transição com o objetivo de combater a violência extrema associada às gangues, à pobreza e a outros desafios. Em 2024, pelo menos 5.600 pessoas morreram no país em decorrência da violência das gangues, segundo a ONU.