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Mesmo com La Niña, janeiro bate recorde de mais quente da história
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O mês de janeiro de 2025 foi o janeiro mais quente já registrado na história, de acordo com o programa de observação europeu Copernicus. A média mensal de temperatura do ar global foi 0,79ºC acima da média registrada entre os anos de 1991 a 2020, e 1,7ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900).
Nos últimos 12 meses, os números ficaram 0,73 °C acima da média e 1,61 °C acima dos níveis pré-industriais.
Esse aumento — assim como o janeiro mais quente — se deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão, por exemplo.
La Niña e as geleiras
Embora algumas partes do mundo tenham registrado temperaturas abaixo da média, como os Estados Unidos, leste da Rússia, Península Arábica e o sudeste asiático, as temperaturas seguem aumentando – mesmo com o resfriamento dos oceanos, durante o efeito do La Niña.
O fenômeno, aliás, demonstrou uma desaceleração, considerando a anomalia na temperatura da superfície do Pacífico equatorial oriental.
O gelo marinho do Ártico também atingiu sua menor extensão mensal no mês, 6% abaixo da média, quase empatando com janeiro de 2018.
Já no Ártico, ficou 5% abaixo da média, próximo aos números recentes. Enquanto isso, na Antártida, as concentrações de gelo marinho foram acima da média no Mar de Amundsen.
Altas temperaturas e chuvas ao redor do mundo
Além do sul e leste da Europa, o nordeste e o noroeste do Canadá, Alasca e Sibéria também enfrentaram temperaturas acima da média, bem como o sul da América do Sul, África e parte da Austrália e Antártida.
Em relação à precipitação, o clima foi mais chuvoso que a média, inclusive, no sul do Brasil. Alasca, Canadá, centro e leste da Rússia, leste da Austrália, sudeste da África também tiveram mais chuvas, com regiões sofrendo inundações.
Por fim, no sul da América do Sul, as condições foram mais secas do que a média. O mesmo ocorreu no sudoeste dos Estados Unidos e norte do México, norte da África, Oriente Médio, Ásia Central e leste da China, grande parte do sul da África e Austrália.
Saiba como ficarão as chuvas no Brasil em fevereiro nesta matéria do Giz Brasil.
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