OpenAI retalia contra chinesa DeepSeek com função de “pesquisa profunda”
A OpenAI de Sam Altman não demorou muito tempo a dar resposta à chinesa DeepSeek, lançando um modelo que consegue um melhor raciocínio com pesquisa e, consequentemente, uma melhor resposta. A empresa de IA acusou ainda a tecnológica de origem chinesa de violação de propriedade intelectual.
A OpenAI de Sam Altman continua a mostrar ao mundo que não está pronta para carregar no travão ou tirar o pé do acelerador. Depois da chinesa DeepSeek surgir nas bocas do mundo como resposta direta à tecnologia norte-americana, mais propriamente ao ChatGPT, embora com um grau de eficiência superior, a OpenAI lançou uma nova função com ainda mais Inteligência Artificial (IA).
A ferramenta de pesquisa aprofundada, tal como a dona do ChatGPT apelidou, permite que o chatbot trabalhe de forma independente para o pedido que foi feito, reduzindo o trabalho que um humano teria numa questão de minutos.
“A pesquisa aprofundada é a nova ferramenta da OpenAI que pode trabalhar para si de forma independente: dê-lhe um prompt e o ChatGPT encontrará, analisará e sintetizará centenas de fontes online para criar um relatório abrangente ao nível de um analista”, sustentou a OpenAI em comunicado de divulgação da ferramenta.
Na visão da empresa fundada por Sam Altman, esta ferramenta – que irá constar numa versão do próximo modelo – vai aproveitar todo o raciocínio para pesquisar, interpretar e analisar grandes quantidades de texto, imagens e mesmo PDFs.
“A capacidade de sintetizar conhecimento é um pré-requisito para criar novos conhecimentos. Por essa razão, a pesquisa profunda marca um passo significativo em direção ao nosso objetivo mais amplo de desenvolver Inteligência Artificial Geral, que há muito tempo imaginamos como capaz de produzir novas pesquisas científicas”, lê-se.
Ainda esta semana, e mediante a exposição norte-americana à China, a OpenAI e o SoftBank uniram-se para criar uma empresa que visa acelerar os serviços de IA no mundo, e deixaram alertas para todo o mundo. “Temos de proteger a segurança humana. Embora a tecnologia e o resultado sejam semelhantes, as características para a segurança humana são diferentes”, apontou o fundador do SoftBank, Masayoshi Son.
A primeira versão desta ferramenta estará primeiramente disponível para o nível pro, com 100 acessos por mês e um custo de 200 dólares mensais, passará posteriormente para os níveis abaixo e, em último, chegará aos utilizadores que usam o ChatGPT de forma gratuita.
Lembrar que a OpenAI acusou, no fim de janeiro, a empresa chinesa de treinar os seus modelos de linguagem com tecnologia da detentora do ChatGPT, garantindo ter provas desse facto. A empresa com base em São Francisco admite ter encontrado provas de “destilação”, suspeitando ser da DeepSeek, e que se tratam de violação de propriedade intelectual.
Mediante algumas inseguranças, algumas empresas do outro lado do globo, nomeadamente na Austrália, já proibiram a utilização do uso do chatbot da DeepSeek, alegando riscos à segurança nacional. Assim, depois de atingir um recorde de downloads nos EUA na semana de lançamento, o mais recente modelo da empresa chinesa está a levantar algumas preocupações relativas à privacidade e segurança de dados.
Assim, embora se apresente como um forte concorrente a várias empresas norte-americanas, as funcionalidades da DeepSeek demonstram um elevado potencial e já mostraram ser uma alternativa mais económica a modelos mais dispendiosos. Resta então saber como é que o setor vai reagir e debater perante a dualidade entre a inovação e a segurança.