Único senador do PSDB fala em deixar partido se houver junção com PSD
Plínio Valério diz que não se vê em uma sigla que tenha alianças com MDB e PT
O senador Plínio Valério (PSDB-AM), único tucano da Casa Alta, afirmou nesta 2ª feira (27.jan.2025) que deixará o PSDB caso o partido se junte ao PSD, de Gilberto Kassab.
“Se tiver a fusão ou a incorporação, não teria como ficar”, disse ao Poder360.
Plínio afirmou que decidirá só depois de uma posição oficial do PSDB e de ouvir a direção nacional da sigla. Ele atribuiu sua resistência a ir para o PSD ao fato de o partido de Kassab ter alianças com legendas como PT e MDB.
“Não me vejo numa fusão, numa incorporação com o PSD, com o MDB, com o PT. Não me vejo, não tem como. Mas eu só vou me preocupar com isso depois da reunião da nacional”, falou.
Plínio preside o PSDB no Amazonas e é o único senador que sobrou no partido. Em 2019, eram 6. Desde 2022, o PSDB se federou ao Cidadania. A parceria, no entanto, é criticada por alguns tucanos. O Cidadania não tem cadeiras no Senado.
A NEGOCIAÇÃO
No começo de janeiro, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que 3 possibilidades estavam sendo estudadas: a federação, a fusão e a incorporação.
“Qualquer modelo de aliança com um partido que tem quadros tão qualificados fortalece ambos os partidos”, disse Kassab ao Poder360 na ocasião.
Segundo apurações do Poder360, há uma tendência para que seja uma incorporação.
A incorporação é feita quando uma legenda é absorvida por outra. Foi o caso do Pros, que foi incorporado pelo Solidariedade.
Na federação, os partidos devem se manter unidos por 4 anos. As siglas continuam com seus nomes e diretórios. Já na fusão, os partidos adotam um novo nome, com um diretório unificado. É o que houve com o União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL.
