Santander quer dobrar carteira de crédito, mas lembra que não está imune ao macro
Executivos afirmam que a instituição financeira tem agenda de crescimento pronta - mas também depende de demanda The post Santander quer dobrar carteira de crédito, mas lembra que não está imune ao macro appeared first on InfoMoney.
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Durante a apresentação para analistas dos resultados do quarto trimestre de 2024, considerados positivos pelo mercado, o Santander Brasil (SANB11) deixou clara sua intenção de dobrar o tamanho de sua carteira nos próximos anos. Porém, grifou que esse deverá ser um crescimento cauteloso e seletivo.
“A gente tem quase R$ 80 bilhões em carteira aqui e pode ter R$ 150 bilhões daqui a alguns anos. A gente também pode crescer em alguns milhões, continuamos direcionalmente voltados para isso”, afirmou Mario Leão, CEO do Santander Brasil. Pouco depois, em conversa com os jornalistas, o executivo deixou claro que o banco vai priorizar rentabilidade.
Ele lembra que o Santander chegou a ser chamado de “menos ambicioso” em termos de crescimento de carteira por alguns analistas, devido à sua postura mais cautelosa em relação à expansão.
“A gente já via sinais de que não fazia sentido pensar em crescimento de dois dígitos de crédito – e eu continuo achando isso”, disse o executivo. Leão afirma que a agenda de crescimento do banco está sendo trabalhada.
“Sob a ótica das carteiras, a gente quer crescer e estamos preparados para isso. Fizemos os ajustes necessários e agora depende mais da demanda”, complementou Gustavo Alejo, CFO. “Estamos tecnicamente ajustados para um ano de 2025 que pode ter várias características”.
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“A gente tem trazido novos clientes de melhor qualidade, na média, do que a gente tinha antes”, disse o CEO. “Não temos buscado um mar aberto amplo e irrestrito”. Recentemente, o banco extinguiu a marca Van Gogh, migrando o cliente de “média alta” renda para o Select, junto com os correntistas de alta renda.
“A gente investiu muito em redesenhar nosso processos de crédito, a disciplina é diária. Com o macro desafiador, como está agora, vamos continuar fazendo testes e tomando decisões todos os dias”, afirmou Leão. “Vamos continuar sendo bastante seletivos com o input adicional de um macro um pouco mais difícil”.
Leão disse disciplina não quer dizer freio ao crescimento. “Estamos nos cobrando a ter tecnicidade e rigor cada vez mais altos na gestão”, explicou.
O CEO do Santander Brasil lembrou que “todos os bancos têm sensibilidade ao macro”, mas diz que a instituição tem trabalhado para ter uma sensibilidade menor ao cenário, sobretudo os juros, com operações de hedge.
No crédito massificado, Leão afirma que a agenda é de crescimento com foco em rentabilidade. “Isso não quer dizer que vamos crescer em todos os produtos e no mesmo ritmo que fizemos nos últimos anos”.
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