Mastologista é preso suspeito de estuprar paciente com câncer de mama e outras 7
Após acúmulo de acusações, Polícia Civil solicitou busca e apreensão e suspensão do passaporte de Danilo Costa; Ministério Público requereu prisão
Um médico de 46 anos, identificado como Danilo Costa, foi preso na terça-feira (4/2), em Minas Gerais, após oito acusações de estupro. O homem é mastologista — especialista no diagnóstico e tratamento de doenças das mamas — e teria cometido os crimes contra pacientes e funcionárias do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde realizava os atendimentos.
O primeiro boletim de ocorrência (BO) foi realizado pela filha de uma das vítimas em 24 de janeiro. No caso, a paciente de Danilo — em tratamento oncológico — teria chegado para a consulta e entrado na sala, quando, sem haver sequer um cumprimento, o médico teria a colocado contra a parede, levantado sua saia e a estuprado.
Em vídeo enviado ao Correio pela Polícia Civil de Minas Gerais, o delegado João Barbosa, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Itabira, cidade onde o suspeito teria cometido os crimes, afirmou que, após a primeira acusação, as investigações foram aprofundadas e outras vítimas teriam procurado a delegacia da cidade para relatar violações à dignidade sexual por parte de Danilo.
“Dentre essas vítimas estavam pacientes e funcionárias do hospital em que o suspeito realizava os atendimentos. Então, instruído o inquérito policial e juntado elementos suficientes, a Polícia Civil representou pela busca e apreensão e suspensão do passaporte do suspeito. Em seguida, o Ministério Público requereu a prisão do investigado”, informou o delegado.
Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Dores declarou apoio às vítimas envolvidas e informou que, desde 27 de janeiro, a instituição determinou a suspensão imediata dos atendimentos, consultas e cirurgias de Danilo Costa.
Além disso, o hospital afirmou que, “em respeito à população, às suas pacientes oncológicas, aos seus colaboradores e demais pacientes, esclarece que outras medidas também foram tomadas pela instituição desde o último dia 27 e estão sendo mantidas”. Dentre essas ações, estão o afastamento do profissional, colaboração com as autoridades, apoio às pacientes oncológicas e processo administrativo.
“O hospital reforça que não compactua com atitudes de qualquer natureza que possam causar dano aos seus pacientes, continua contribuindo com as autoridades e presta seu apoio e solidariedade às vítimas. Não faz parte dos valores e da história de 165 anos da instituição este tipo de conduta. O HNSD continua à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários”, completou em nota.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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