A voz aos benfiquistas: "Vamos ao 39!" por Manuel Boto
Este é o primeiro artigo enviado por benfiquistas, no seguimento da abertura do NGB e repto que regularmente lançamos a todos para darem a sua opinião sobre a atualidade do clube.Os textos são publicados sem qualquer edição e/ou alteração, mantendo integralmente o que os autores enviam. Cada texto reflete única e exclusivamente o pensamento do autor.-------------------------------------------------------------------------------No final do habitualmente designado mercado de inverno e logo a seguir ao final da 1ª fase da Champions, creio ser momento adequado para fazer um pequeno balanço desta metade inicial da época. Como se costuma dizer, podia ser melhor e podia ser pior. Melhor, se estivéssemos em 1º lugar no campeonato como já estivemos a seguir ao Natal, e pior, se tivéssemos sido eliminados da Champions. Balanço feito, como estamos em todas as frentes possíveis (Rui Costa dixit), vamos lá para a segunda metade da época, à espera das grandes decisões. A janela das transferências deixa os adeptos com enorme curiosidade sobre qual será o rendimento de, fundamentalmente, Belotti e Bruma. Experientes, habituados a grandes palcos, não tremem por pisar a Luz nem qualquer outro e podem ter rendimento imediato. Dahl, um jovem como era Carreras (que felizmente não saiu apesar do United ter cláusula muito favorável de opção que não exerceu) parece ser aposta inteligente de futuro. Quanto a Manu, as primeiras impressões não poderiam ser melhores, pelo que poderemos voltar a ter esperanças no campeonato e de chegar longe na Champions. Obviamente que destas entradas resultam uns quantos excedentários, pelo que se torna urgente serem colocados nos mercados ainda em aberto, em nome do interesse coletivo (também financeiro). Pelo meio destes eventos desportivos, sucederam recentemente outros episódios que obviamente nos devem trazer preocupações. Seara e a sua inexplicada demissão na Assembleia Geral, em que desautorizado por um associado reagiu a quente (ou premeditadamente?). Nunca o saberei, mas de uma coisa tenho a certeza – faz falta! Por muito extemporânea que fosse a sua demissão, a sua ponderação, inteligência e sabedoria fazem falta a Rui Costa (que ali tinha um aliado que lhe poderia ser imensamente útil). Depois Jaime Antunes, figura controversa que igualmente “bateu com a porta” há dias. Admirado e verberado, como se viu nas assembleias gerais da aprovação dos Estatutos (em cuja elaboração teve um papel relevante como representante da Direção), tem mantido e bem o silêncio, com o inconveniente de gerar especulações. Diz-se isto (não se dava bem comos outros elementos e estaria marginalizado) e aquilo (ligações, por via de amizade, com antigos dirigentes), a verdade é que não conhecemos as razões da sua saída, mas sendo gestor experiente e pessoa inteligente, o Benfica não terá ficado melhor. Entretanto, as eleições já mexem e bem com o quotidiano. Aprazadas para outubro, exatamente para não colidirem com os fiais de época e preparação das seguintes, já trouxeram à ribalta diversos putativos candidatos, imaginando-se que Rui Costa se candidate como incumbente. Marco Galinha, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho, Mauro Xavier, são nomes anunciados e alguns destes até já se “mostraram” para ir a jogo. Veremos quantos irão sobrar para “irem mesmo a jogo”, um momento absolutamente determinante para o futuro do Benfica até pela plêiade de interessados, porque isto com 6 alternativas parece demasiado. Pouco ainda se sabe sobre as ideias de cada um, para além da indómita vontade de alguns destes em melhorar e engrandecer o “nosso” Benfica, o que não é pouco. Manteigas tem sido o mais ativo, dado que vai expressando nas redes sociais as suas alternativas à atual gestão e que, pelo seu mérito, deveriam ser escutadas. Infelizmente, por escassez de acesso a meios de maior notoriedade, permanecem publicamente desconhecidas. Marco Galinha tem sido aquele que tem tido maior notoriedade. Uma recente entrevista na CMTV vem marcar de imediato o período eleitoral, depois de um evento em Rio Maior cujo sucesso desconheço. Nesta entrevista vem referir a possibilidade de abrir o capital da SAD a “empresários nacionais”, financeiramente abastados, embora mantendo a maioria do capital no Benfica. Na minha opinião, nunca poderia ter começado pior. Este modelo de SAD, tipo Bayern, cujo modelo de abertura de capital até defendo dado que que 30% pertencem a grandes e prestigiadas empresas internacionais, é por ele copiado, mas substituindo estas organizações por “empresários nacionais”. Devo confessar que pessoalmente nada me agrada esta solução, pelo que seguramente a partir daqui uma certeza eu tenho: dificilmente neste irei votar. Aguardemos as ideias dos restantes. Uma palavra ainda para o famoso áudio em que ouvimos um Lage, o nosso treinador, desabafando de forma destemperada e desabrida com adeptos. Teve sorte, porque lhe poderia ter custado o lugar. Como se costuma dizer, desta vez passou, mas
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Este é o primeiro artigo enviado por benfiquistas, no seguimento da abertura do NGB e repto que regularmente lançamos a todos para darem a sua opinião sobre a atualidade do clube.
Os textos são publicados sem qualquer edição e/ou alteração, mantendo integralmente o que os autores enviam. Cada texto reflete única e exclusivamente o pensamento do autor.
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No final do habitualmente designado mercado de inverno e logo a seguir ao final da 1ª fase da Champions, creio ser momento adequado para fazer um pequeno balanço desta metade inicial da época.
Como se costuma dizer, podia ser melhor e podia ser pior. Melhor, se estivéssemos em 1º lugar no campeonato como já estivemos a seguir ao Natal, e pior, se tivéssemos sido eliminados da Champions. Balanço feito, como estamos em todas as frentes possíveis (Rui Costa dixit), vamos lá para a segunda metade da época, à espera das grandes decisões.
A janela das transferências deixa os adeptos com enorme curiosidade sobre qual será o rendimento de, fundamentalmente, Belotti e Bruma. Experientes, habituados a grandes palcos, não tremem por pisar a Luz nem qualquer outro e podem ter rendimento imediato. Dahl, um jovem como era Carreras (que felizmente não saiu apesar do United ter cláusula muito favorável de opção que não exerceu) parece ser aposta inteligente de futuro. Quanto a Manu, as primeiras impressões não poderiam ser melhores, pelo que poderemos voltar a ter esperanças no campeonato e de chegar longe na Champions. Obviamente que destas entradas resultam uns quantos excedentários, pelo que se torna urgente serem colocados nos mercados ainda em aberto, em nome do interesse coletivo (também financeiro).
Pelo meio destes eventos desportivos, sucederam recentemente outros episódios que obviamente nos devem trazer preocupações. Seara e a sua inexplicada demissão na Assembleia Geral, em que desautorizado por um associado reagiu a quente (ou premeditadamente?). Nunca o saberei, mas de uma coisa tenho a certeza – faz falta! Por muito extemporânea que fosse a sua demissão, a sua ponderação, inteligência e sabedoria fazem falta a Rui Costa (que ali tinha um aliado que lhe poderia ser imensamente útil).
Depois Jaime Antunes, figura controversa que igualmente “bateu com a porta” há dias. Admirado e verberado, como se viu nas assembleias gerais da aprovação dos Estatutos (em cuja elaboração teve um papel relevante como representante da Direção), tem mantido e bem o silêncio, com o inconveniente de gerar especulações. Diz-se isto (não se dava bem comos outros elementos e estaria marginalizado) e aquilo (ligações, por via de amizade, com antigos dirigentes), a verdade é que não conhecemos as razões da sua saída, mas sendo gestor experiente e pessoa inteligente, o Benfica não terá ficado melhor.
Entretanto, as eleições já mexem e bem com o quotidiano. Aprazadas para outubro, exatamente para não colidirem com os fiais de época e preparação das seguintes, já trouxeram à ribalta diversos putativos candidatos, imaginando-se que Rui Costa se candidate como incumbente. Marco Galinha, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho, Mauro Xavier, são nomes anunciados e alguns destes até já se “mostraram” para ir a jogo. Veremos quantos irão sobrar para “irem mesmo a jogo”, um momento absolutamente determinante para o futuro do Benfica até pela plêiade de interessados, porque isto com 6 alternativas parece demasiado.
Pouco ainda se sabe sobre as ideias de cada um, para além da indómita vontade de alguns destes em melhorar e engrandecer o “nosso” Benfica, o que não é pouco. Manteigas tem sido o mais ativo, dado que vai expressando nas redes sociais as suas alternativas à atual gestão e que, pelo seu mérito, deveriam ser escutadas. Infelizmente, por escassez de acesso a meios de maior notoriedade, permanecem publicamente desconhecidas.
Marco Galinha tem sido aquele que tem tido maior notoriedade. Uma recente entrevista na CMTV vem marcar de imediato o período eleitoral, depois de um evento em Rio Maior cujo sucesso desconheço. Nesta entrevista vem referir a possibilidade de abrir o capital da SAD a “empresários nacionais”, financeiramente abastados, embora mantendo a maioria do capital no Benfica. Na minha opinião, nunca poderia ter começado pior. Este modelo de SAD, tipo Bayern, cujo modelo de abertura de capital até defendo dado que que 30% pertencem a grandes e prestigiadas empresas internacionais, é por ele copiado, mas substituindo estas organizações por “empresários nacionais”. Devo confessar que pessoalmente nada me agrada esta solução, pelo que seguramente a partir daqui uma certeza eu tenho: dificilmente neste irei votar. Aguardemos as ideias dos restantes.
Uma palavra ainda para o famoso áudio em que ouvimos um Lage, o nosso treinador, desabafando de forma destemperada e desabrida com adeptos. Teve sorte, porque lhe poderia ter custado o lugar. Como se costuma dizer, desta vez passou, mas não se esquece. O balneário ajudou o Benfica a suplantar em Turim a infelicidade do seu treinador. Veremos se ele também se ajuda a si próprio na condução da equipa, de forma sagaz e sem olhar a nomes, sobretudo durante os jogos, até porque tem imensas alternativas.
A terminar, vêm aí as grandes decisões e, no Benfica, se queremos conquistar alguma coisa, é tempo de esquecermos as divergências e apoiar a equipa e a sua equipa técnica. A gestão estará encarregue de assegurar que não haverá problemas financeiros, apesar de uma estrutura demasiado pesada e das amadoras já andarem certamente acima dos 30 milhões de euros que o futebol sustenta. Uma coisa é certa: este plantel tem todas as condições de garantir o 39, só faltando recuperar 6 pontos que tão mal desperdiçámos.
PS. Entretanto, as eleições na FPF. Com pompa e circunstância, Pedro Proença anunciou a sua candidatura. Já uma vez o referi – surpreende-me o apoio que o Benfica lhe decidiu dar. Sinceramente, acho que Rui Costa “deu um tiro no pé” porque isto será tema de campanha eleitoral e creio que o comum dos benfiquistas pensa como eu.
Manuel Boto
Antigo dirigente
Sócio nº 2.794