Terapia garante benefícios ao cérebro de adolescentes com ansiedade, aponta estudo

Um estudo publicado no American Journal of Psychiatry revelou um achado promissor: a terapia bem-sucedida não apenas alivia os sintomas da ansiedade em adolescentes, mas também provoca mudanças positivas no cérebro. A pesquisa analisou 69 jovens, com idade média de 12,8 anos, diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada, ansiedade social e/ou transtorno de ansiedade de […]

Fev 7, 2025 - 16:20
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Terapia garante benefícios ao cérebro de adolescentes com ansiedade, aponta estudo

Terapia funciona como um “treinamento cerebral”, ajudando as pessoas a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que alimentam seus medos – kmiragaya/Depositphotos

Um estudo publicado no American Journal of Psychiatry revelou um achado promissor: a terapia bem-sucedida não apenas alivia os sintomas da ansiedade em adolescentes, mas também provoca mudanças positivas no cérebro.

A pesquisa analisou 69 jovens, com idade média de 12,8 anos, diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada, ansiedade social e/ou transtorno de ansiedade de separação. Para entender os efeitos do tratamento, os cientistas realizaram exames de ressonância magnética funcional antes e depois da terapia cognitivo-comportamental (TCC), comparando os resultados com um grupo de controle sem sintomas de ansiedade.

O resultado? Após a terapia, a hiperatividade das áreas frontoparietais – regiões cerebrais ligadas ao controle emocional – foi normalizada, sugerindo que a mente ansiosa pode, de fato, ser reprogramada.

Como a TCC ensina o cérebro a lidar melhor com a ansiedade?

A terapia cognitivo-comportamental funciona como um “treinamento cerebral”, ajudando as pessoas a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que alimentam seus medos.

Uma das estratégias centrais da TCC é a exposição controlada a situações que causam ansiedade. Ao enfrentar gradualmente seus receios, os pacientes percebem, na prática, que seus medos muitas vezes não se concretizam. Esse aprendizado direto reconfigura o cérebro, tornando-o menos reativo ao estresse.